03 junho 2008

Mudança

O que não pode ser mudado é perfeito,
Não existe nada no plano real que não esteja passível de mudanças.
A maré, as fases da lua, o vento, até as rochas por uma ação continuada e lenta mudam de forma.
Mudança não tem índole, ela simplesmente acontece. Não favorece bem ou mal, apenas acontece. Para felicidade ou para tristeza, a mudança não tem compaixão ou crueldade, não tem sexo nem religião, classe social ou ideologia, ela segue apenas a lei da entropia.
Graças às normas obscuras do universo, sempre há espaço para novas mudanças, pois nada é estático.
Não existe felicidade que dure para sempre, nem tristeza que contemple toda eternidade.
Tudo vai mudar!

20 maio 2008

O passado é uma mentira!

O passado é uma mentira, o presente é a verdade.
Por mais intenso e verdadeiro que tenha sido o passado,
Hoje ele não passa de uma lembrança,
Algo que aconteceu.
Memórias trazem uma verdade que passou,
Uma verdade que não é atemporal.
O presente é real e verdadeiro,
O passado uma ilusão traiçoeira.O amor é uma verdade efêmera

08 abril 2008

Juventude Pernambucana

Não é preciso buscar muitos dados para perceber o que acontece com nossa juventude, os meios de comunicação todos os dias divulgam o saldo da noite anterior, mortes e mais mortes. A culpa da violência descontrolada que a sociedade pernambucana está sendo tendenciosamente colocada na juventude, sendo Estatuto da criança e do adolescente uma lei que regulamenta a criminalidade entre os jovens. Será que os valores em nossa sociedade ficaram tão distorcidos que agora as leis que garantem os direitos de nossos jovens são taxadas como protecionistas ao crime? Não sei quem começou com essa linha de raciocínio, algum grupo neonazista talvez, mas como cobrar de um garoto de 16 anos que jogue de acordo com o jogo sem ensinar-lhe as regras. Se nossos governantes e esse grupo que defende a redução da maioridade penal garantissem os direitos básicos da juventude, não teríamos tantos problemas como temos hoje.
Pernambuco amarga a ÚLTIMA POSIÇÃO no país em qualidade de vida para juventude, nada que a sociedade oferece a juventude é de boa qualidade, nem educação, nem saúde, habitação, cultura, o jovem pernambucano está entregue a própria sorte e a criminalidade.
Cobrar é muito fácil, a sociedade cobra leis mais duras, repressão policial, cobra que um adolescente de 16 anos tenha plena responsabilidade por seus atos, mas nem seus deveres e direitos constitucionais ele aprendeu e possivelmente vai morrer sem saber. Não adianta diminuir a maior idade penal sem investir na juventude, sem dá outra oportunidade a não ser o crime. Jovens são movidos também por sonhos, mas faltam motivos pra sonhar, as expectativas para a maioria dos jovens são de uma vida sofrida, de um subemprego, de uma sub moradia, sub dignidade e de uma sub vida. O Crime oferece tudo que a sociedade nega, um relógio, uma calça, um carro, e por incrível que pareça, a maioria dos jovens nega as tentações do crime para sobreviver na dignidade que sua consciência mantém firme acima de todas dificuldades, mas o desleixo da sociedade faz com que alguns prefiram arriscar tudo para ter aquilo que é negado.
A criminalidade é fruto da omissão da sociedade para com todos que não tem dinheiro, onde há sujeira, as chances de doenças aparecerem é bem maior, pois o descaso da sociedade fez aparecer uma doença que contaminou toda cidade, e sem um tratamento devido, vamos passar muitos anos enfermos esperando que um milagre nos salve.

28 março 2008

O Nordeste não é o atraso do País.

O Nordeste não é o atraso do país.


Nas últimas décadas, tem se intensificado a máxima de que o nordeste é a região responsável pelo atraso do país. Essa ideia tem se fortalecido principalmente entre os sudestinos e sulistas e perpetuado dentro da sociedade. O sul e o sudeste desde o declínio na produção de cana-de-açúcar e o surgimento das plantações de café, têm concentrado as riquezas e meios de produção da nação, assim recebem hoje o título de prodígios da federação, exemplos a serem seguidos e imitados.
Poucos sabem que essa prosperidade ocorreu não apenas com o suor e trabalho dos “habitantes do sul”, mas as custas dos altos impostos que o povo do nordeste paga. Exemplo em 1906 com o “ Convênio de Taubaté” todo país pagou para que os produtores de café não perdessem suas produções, comprando a produção dos mesmos e depois resultaram na queima e inutilização dos excedentes, como última tentativa de segurar os preços. Esse exemplo é um dos inúmeros que condenaram o nordeste a uma “colônia interna” que sempre pagou mais caro pelos produtos e vendeu sua matéria prima a preços menores que os praticados no comércio internacional.
Não que fosse suficiente, todas as outras regiões possuem características que motivam as lideranças centrais a pensar num planejamento estratégico. O Sul e Sudeste devem manter seu nível de crescimento e qualidade de vida, preservando as riquezas e meios de produção, a região Norte tem a floresta Amazônica para cuidar e preservar, o Centro-Oeste concentra o poder político da federação e o Nordeste tem o que? A seca que rende votos, o desemprego que rende obras que aumentem a popularidade, a violência que coloca o povo em paranóia, ou seja, como uma colônia próxima ao fim do período de domínio o Nordeste está saturado da exploração das suas riquezas e de seu povo.
O Nordeste fornece matéria prima a metrópole, fornece mão-de-obra barata(qualificada ou não), paga mais impostos( fretes, seguro de cargas e etc..) inseridos nos produtos vindos da metrópole, e ainda recebe um estigma de região que atrasa o desenvolvimento do país. O Nordeste possuí potencialidades que poucas nações no mundo dispõem, mas em época alguma exploramos essa potencialidade para o bem do nosso povo. Apenas uma elite conivente com o regime que a metrópole impõe, tem desfrutado dos privilégios que nossas riquezas proporcionam.
Sem uma união do povo Nordestino em obrigar suas representações federativas a trabalharem num projeto único para todo o Nordeste, passaremos mais alguns séculos comendo migalhas que sobram do orçamento do país, pois durante séculos financiamos a “mamata” das regiões industrializadas do país e se depender dos mesmos, passaremos mais alguns séculos financiando o avanço da metrópole. Esse “produto industrializado” não tem validade.