Onde foi que eu parei?
Meses andando, fazendo e cantando por esquinas, ruas, praças, sem me preocupar muito em avançar o mais rápido possível, vivendo o presente sem desejar determinar o futuro.
Sei que existe muita tranquilidade, algumas travas e pouquíssima raíva dentro do peito. Olho atento aos detalhes, as pessoas e a toda energia.
Fotos, frases, textos, conversas, paixões, loucuras, conflitos, tudo em pouquíssimo tempo e acompanhando o arrastar dos fatos.
Parado à observar as estrelas que brilham no céu noturno, imagino quantos não resistiram aos seus encantos e desejaram amores e sonharam com paixões. Mas para um olho treinado por toda astronomia, sem que as constelações não passam de referenciais adotados e o brilho de quase todas estrelas não passa de feixes de luz perdidos no espaço e sei que a própria estrela que brilhou já não existe.
Mas o olhar treinado pode acabar com o romantismo baseado nas mentiras celestes, porém ajuda a enxergar que no meio de tanta ilusão, existem estrelas que ainda brilham e não estão tão distantes assim, são poucas, belas e seu brilho verdadeiro é capaz de iluminar qualquer coração cético.
