01 novembro 2010

A praça!

Olho para a mesma praça que todos os dias atravessei durante os últimos anos e numa fração de segundos ela mudou. Os bancos encardidos são os mesmos, as grades enferrujadas exibem seu tom azul-ferrugem como sempre, os pássaros voam de um lado ao outro comendo as pipocas abandonadas todos os dias próximo a calçada desgastada, remendada.
Olho para a mesma praça freqüentada por todos os “velhos jovens” do bairro na parte da manhã e sitiada por todo tipo de “jovens velhos” do bairro na parte da noite. Praça minha conhecida por tantos dias de paciência e carinho me desconhece como se nunca tivesse atravessado de um lado ao outro, conhecido toda a sua decadência, todo seu abandono!

Lamentável

Um território unido por uma língua, diferente em natureza e costumes. O acaso e o descaso trataram de amarrar todas as províncias num sonho quase demoníaco:
- Unificar a América portuguesa sobre uma única bandeira!
Feliz é a província cisplatina que hoje não se chama Brasil, quantas vezes nos tentamos nos ver livres, quantas vezes. Nomes, guerras, interesses, sempre o desejo de controle e exploração! Uma nação de negociatas, acordos com tudo e com todos! Vendemos nossas terras, riquezas e pessoas. O país ficou tão grande que agora o colonialismo é interno, não precisamos, mas da Inglaterra, Portugal, E.U.A. para explorar as riquezas, agora dentro da falida república as províncias mais pobres só podem comprar da metrópole.